A empreiteira OAS teve seu segundo presidente
preso em um ano. Elmar Varjão foi preso
na sexta-feira no âmbito da Operação Vidas Secas, um desdobramento da Operação
Lava Jato, que levou à prisão de seu antecessor, Léo Pinheiro. O novo
presidente da construtora foi detido pela Polícia Federal em Pernambuco.
A
operação investiga desvio de R$ 200 milhões em recursos públicos nas obras de
transposição do Rio São Francisco. O presidente anterior foi condenado pela Justiça
a 16 anos e quatro meses de prisão por envolvimento no esquema de corrupção da
Petrobras.
A operação realizada pela Polícia Federal que investiga irregularidades em contratos de apenas dois dos 14 lotes da
transposição do São Francisco, correspondente a num trecho de 82 quilômetros de
um total de mais de 700 quilômetros. Os desvios são de quase um terço dos R$
680 milhões gastos nos dois lotes da obra.
As obras eram de responsabilidade de um
consórcio formado pelas empresas OAS, Galvão Engenharia, Barbosa Mello e Coesa,
empresas que também tiveram executivos presos, como Mário de Queiroz Galvão e
Raimundo Maurílio de Freitas, da Galvão, e Alfredo Moreira Filho, da Barbosa.
As investigações tiveram início no ano passado
por terem sido detectadas irregularidades pelo Tribunal de Contas da União
(TCU) e pela Controladoria Geral da União (CGU). O juiz federal Sérgio Moro,
responsável pela Lava-Jato, autorizou o compartilhamento das informações, o que
permitiu a identificação de transferências de recursos do consórcio para
empresas do doleiro Alberto Youssef.
A PF apontou que José Dirceu (PT) também recebeu
propina na obra, através de sua empresa JD Consultoria. "Foi constatada a
transferência, em determinado momento, da Galvão Engenharia no valor de R$ 586
mil para a JD Assessoria", afirmou o superintendente regional
da PF em Pernambuco, Marcelo Diniz.
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