Embora o instituto Lula e até mesmo o BNDES
tenha se adiantado para negar a interferência do ex-presidente em linhas de
financiamentos ao exterior, o núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria da
República em Brasília abriu, há uma semana, investigação contra Lula por
tráfico de influência internacional e no Brasil.
A revista Época publicou reportagem que aponta
Lula como suspeito de usar sua influência para facilitar negócios da
construtora Odebrecht “com representantes de governos estrangeiros onde a
empresa toca obras com dinheiro do BNDES.”
Lula teria tido acesso antecipado sobre as
investigações e tentou criar um factoide através do Instituto Lula. O
Ex-presidente lançou, no dia 23 de abril, o Conselho África, que reúne
historiadores, representantes de movimentos sociais e organismos multilaterais,
diplomatas e estudiosos para "discutir" as relações entre Brasil e
África.
No que seria uma verdadeira encenação teatral,
Lula se antecipou à matéria da Revista Época e montou um verdadeiro espetáculo
em "defesa" da África: “O MUNDO PRECISA ACABAR COM O PRECONCEITO
CONTRA A ÁFRICA”
A iniciativa de Lula com a constituição do
Conselho é uma clara tentativa de desvirtuar as investigações. Agora, o
ex-presidente alega que é muito importante impulsionar o trabalho do Instituto
em promover mais diálogo entre o Brasil e o continente africano.
Lula afirmou que o importante não é dizer o
que cada povo africano tem que fazer, mas sim investir no continente. "O
mundo precisa entender que a África é um continente altamente promissor",
mas não fez qualquer menção sobre os negócios da Odebrecht que ajudou a
impulsionar.
São vários os indícios de que Lula esteve
pessoalmente emprenhado em liberar recursos para obras da Odebrecht na África.
No dia 06/06 do ano passado, Lula agiu como um verdadeiro lobista das empreiteiras
em uma clara demonstração de influenciar o governo a investir mais ainda na
Angola.
Durante palestra promovida pelo jornal El
País, em Porto Alegre, Lula criticou publicamente o secretário do Tesouro
Nacional, Arno Augustin: “O oceano Atlântico, Arno, não é obstáculo, é a
solução. Comece a pensar Arno na possibilidade de “a gente” instituir um fundo
de financiamento de pelo menos US$ 2 bilhões na África”
Após a repercussão de sua interferência nos
atos do governo, Lula afirmou que aquilo foi apenas uma “brincadeira”. Mentiu
de novo, pois no dia 16/06, o governo brasileiro abriu uma nova linha de
crédito para Angola, exatamente no valor de dois bilhões de dólares, conforme
“o” Lula havia solicitado de “brincadeira”. Apenas este fato já é suficiente
para comprovar que Lula exerceu sim tráfico de influência internacional e no
Brasil.
O ditador José Eduardo dos Santos, há 35 anos
no poder na Angola, veio buscar o dinheiro pessoalmente, apenas dez dias depois
do "pito" de Lula em Arno Augustin.
@muylaerte
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